Hoje, dia 08 de julho de 2014, ao meditar o Evangelho de Mt 9, 32 - 38 fiz a meditação da compaixão de Jesus pelo povo e o apelo missionário que ecoa de sua Palavra. O evangelho inicia com a cura do possesso mudo, v.32 "apresentaram a Jesus um homem mudo, que estava possuído pelo demônio." e v. 33 "Quando o demônio foi expulso, o mudo começou a falar." O que Jesus fez, faz hoje. Há, ainda demônio capaz de emudecer pessoas e Jesus tem poder de o expulsar e de fazer o mudo voltar a falar.
Atualmente percebermos que, como naquele tempo, há demônio emudecendo as pessoas missionárias, lideranças pastorais e intercessores. A cada dia, vemos as pessoas anunciando suas saídas e propagando suas desistências de missão assumidas. Tem sido bem comum lideranças religiosas leigos, padres e freiras ociosas, acomodadas, omissas, cansadas, sem animo, abatidas, triste e saudosas de outros tempos. E aí, o que pode ser isso? A morte de Deus, a supremacia humana? E o amor de Deus, sua bondade e misericórdia, quem falará, quem anunciará, quem promoverá? A urgência da missão também é para hoje, precisamos crer. Vemos evangelizados voltando atrás do que renunciaram, povo sem experimentar e perseverar no amor de Deus.
À luz deste Evangelho, acolho a verdade e a possibilidade de esta situação ser manifestação do demônio que emudece e cala a voz dos profetas. Desnudada de explicações teológica, reflito assim. Se como Igreja, tivermos a humildade de aceitar essa condição e nos abrimos à Salvação em Jesus, Ele tem poder de expulsar esse demônio e recobrar a fala ao mudos.
É da compaixão de Cristo pelo situação do povo que ecoa o forte apelo missionário, v36."Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor." Então, em Jesus recobramos ânimo e alegria missionária, Ele nos fará sempre perseverar no anuncio, na evangelização e na oração pelo missionário pois, v.37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos."
A compaixão de Jesus pelo povo é imensa, a messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Jesus nos alerta: ser poucos, não é o limite. A atenção à compaixão de Jesus pelo povo é uma experiência libertadora, que nos envolve desse mesmo olhar de Jesus, que provoca respostas ao apelo missionário. É hora de nos libertar, é tempo de missão.
Teresitas, somo poucas, mas isso não quer dizer que somos desnecessárias. Fazemos parte do pequeno grupo de discípulos missionários que, na humildade, mantem-se atentos à compaixão de Jesus pelas ovelhas, e ao forte apelo missionário. Somos poucas, mas estamos em resposta e em postura de prontidão, juntamente ao pequeno resto de perseverantes. Ânimo, alegria e firmeza! Seja expulso do nosso meio, em nome de Jesus, o demônio emudecedor! Perseveremos evangelizadoras propagando o amor de Deus, convocando a todos, e a nós mesmas, ao encontro com Cristo, o Bem maior. Perseveremos intercessoras do clero e fieis a esse carisma e não desanimemos, firmes até o descanso da última alma teresita ou até o ultimo clero que precisar de oração. Porque quem nos chamou foi Deus, quem nos quis e nos envia é Ele, logo só Ele pode nos dispensar! Nossa liberdade e alegria está na vontade de Deus e essa verdade é maior que nossa pequenez. Nada mais, isso basta.
A Deus toda glória. Amém
Ir. Cidlene da Eucaristia