25 de outubro de 2012

JOGAR FLORES

Jesus, único Amor, ao pé de Teu Calvário,
Que prazer para mim, à noite, jogar flores!...
Rosas primaveris por Ti despetalando,
Quisera enxugar Teu pranto.
Atirar flores é ofertar as primícias
De pequenos gemidos e de grandes dores.
Alegrias e penas, leves sacrifícios,
Estas são minhas flores!...
Com a alma enamorada de Tua beleza,
Quero dar-Te, Senhor, meus perfumes e flores.
E, atirando-as por Ti, sobre as asas da brisa,
Quero abrasar os corações!...
Jogar flores, Jesus, eis aí minhas armas
Quando quero lutar para salvar pecadores;
Nesta batalha venço... e sempre Te desarmo
Com minhas flores!...
As pétalas da flor, acariciando Tua Face,
Vão dizendo que é Teu este meu coração.
Compreendes o que diz minha rosa esfolhada
Sorrindo ao meu amor!
Jogar Flores, repetindo Teus louvores,
Só tenho este prazer neste vale de dores...
Daqui a pouco, no céu, estarei com os Teus anjos
Jogando Flores!...
 
 
Agora, partilhamos com todos lindo poema de Santa Teresinha.
Que os mistérios das coisas Divinas não se ofusquem em nossas almas pela correria destes tempos confusos.
Chuva de rosas entre nós! 
 
 
 

17 de outubro de 2012

Nas Mãos de Deus

Amig@s demoramos retornar a postar, lamentamos. Foram tempos de provações à nossa família religiosa com o estado de saúde de Ir Alcilene, mas ela está recuperando bem. Agradecemos as orações de todos.
E nesse espírito de gratidão, partilhamos com vocês belo poema de Santa Teresa de Jesus, celebrando sua festa.

Abraço a todos. Seguimos, nas mãos de Deus.

Nas Mãos de Deus  



Sou vossa, sois o meu Fim:
Que mandais fazer de mim?


Soberana Majestade
E Sabedoria Eterna,
Caridade a mim tão terna,
Deus uno, suma Bondade,
Olhai que a minha ruindade,
Toda amor, vos canta assim:
Que mandais fazer de mim?
Vossa sou, pois me criastes,

Vossa, porque me remistes,

Vossa, porque me atraístes
E porque me suportastes;
Vossa, porque me esperastes

E me salvastes, por fim:
Que mandais fazer de mim?


Que mandais, pois, bom Senhor,
Que faça tão vil criado?
Qual o ofício que haveis dado
A este escravo pecador?
Amor doce, doce Amor,
Vede-me aqui, fraca e ruim:
Que mandais fazer de mim?


Eis aqui meu coração:
Deponho-o na vossa palma;
Minhas entranhas, minha alma,
Meu corpo, vida e afeição.
Doce Esposo e Redenção,
A vós entregar-me vim:
Que mandais fazer de mim



Fonte: Obras Completas – Poesias V,VIII, II – Santa Teresa de Jesus (Edições Loyola, 2002).