Depois
de quarenta dias após o natal, a Virgem Maria e São José apresentam o Jesus
menino ao templo. Uma atitude de profundo respeito e temor a Deus que
incendiava seus corações, na certeza de que esta indefesa criança não lhes
pertencia. Vão ao templo e vivem um encontro inevitável com o velho Simeão e a
profetiza Ana, ambos revelam a grandeza
da salvação estampada diante de seus olhos. A profecia então se cumpre, o tempo
novo já nasceu, a salvação é para todos!
O canto de Simeão “Meus olhos viram tua salvação”, retrata a ânsia que temos por ver,
se nascemos com boa visão e depois, de conhecer e diferenciar todas as cores. Distinguir
o azul do céu no alvorecer de um novo dia. Reconhecer os detalhes de nosso
corpo que nos diferencia de um animal ou de qualquer objeto. Deixarmos de
enxergar, causa dentro de nós um profundo desespero. E quando a cegueira passa
a ofuscar os olhos de nossa alma? Então perdemos o sentido de viver e o vazio
toma conta de tudo. Por isso dizer como Simeão é crer indiscutivelmente que sem
Jesus, sem ver sua luz, é viver se contentando com lamparina enquanto temos a
maior fonte de energia do planeta. A exultação da profetiza Ana é a vibração de
todos que depositam suas vidas a serviço de templo e acreditam que além das
intempéries da vida existe uma razão maior, existe um amor maior e naquele dia
seus olhos viram o que a tanto tempo ansiava e foi umas das propagadoras da Boa
nova.
Mas o que falar da jovem
silenciosa que houve as palavras do velho Simeão, sem compreender tamanha
consequência de suas palavras e que sabia no mais profundo, que o fruto de seu
ventre não era seu? Maria Santíssima foi a primeira a amar Jesus, adorá-lo,
afaga-lo, curar suas feridas etc.. Mas, daquele dia em diante, ao mesmo tempo
em que deveria ser mãe era também filha, esposa...abandonada em seus pequenos
braços... Tenho a alegria de celebrar junto a Nossa Senhora este livre
abandono, reconhecendo o Absoluto Deus e Senhor.
Hoje dia Mundial da Vida Consagrada acendamos
nossas lâmpadas na gratuidade do chamado que nosso amado Jesus nos fez. O
Senhor nos permitiu compreender a castidade evangélica e nossa incomensurável
felicidade de vivermos um AMOR INDIVISO, amor que não se reparte mais se dá por
inteiro a Deus. É hora, caríssimas irmãs (aos), nós que não temos medo de
assumirmos nossa única e eterna pertença a Cristo, de testemunharmos para o
mundo, que o quanto mais castas, pobres e obedientes nós formos, mais forte
fica nossa feminilidade, humanidade e fraquezas.
Às vezes se faz necessário o mesmo
silêncio da Virgem Maria. Creio que, para a sociedade de hoje, é hora deixar
ecoar nosso cântico jubiloso, sem nos envergonhar de nossa consagração. Vamos
ser Luz! Quem estiver na Luz brilhará para sempre, não tenhamos medo de
incomodar os que querem permanecer na cegueira. Somos chamadas a vivência de um
grandioso projeto, a sermos grandes, porque o nosso amado esposo é o Rei!
E com a sagrada família, o velho
Simeão, a profetiza Ana e todos que deixam a verdadeira luz incendiar suas
vidas queremos proclamar para todo mundo ouvir: “Meus olhos viram a Salvação!”
Ir. Alcilene da Mãe da Divina Providência
O Religioso é o ser inconformado com a idéia de que "qualquer coisa para Deus serve". Mesmo que somos uns pobres imperfeitos e limitados, buscamos na misericórdia de Deus a força e a alegria de servir, e servir não de "qualquer jeito", em "qualquer lugar", mas do jeito que Ele nos chamou, no lugar que Ele nos enviou, eis o místério da completude humana e de nossa alegria de viver a Vida Religiosa. Loucura para o mundo, mistérios de Deus. Amém
ResponderExcluirPeço a todos nossos intercessores e amigos que intensifiquem sua orações por nós Irmãs Teresitas, para que sejamos fiéis ao Senhor e ainda mais felizes em nossa missão.